segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lembrando "o mais velho".


A verdade talvez nunca será conhecida,mas faz 8 anos que Jonas Malheiro Savimbi foi assassinado,pois sou dos que não acredita numa morte em combate,mas sim num dos seus homens de confiança que o traiu e o assassinou.
Savimbi foi para muitos um herói,um líder,mas para outros foi um monstro,um assassino.
Para mim,um puto na altura com 11 anos,que aderiu a JURA-juventude unida revolucionaria de Angola,a organização juvenil da UNITA,comecei a intuir a ideia que UNITA queria dizer"único negro inteligente de toda África",aprendi a ser um indefectível do "mais velho",para mim ele era o maior.
Fui seguindo a guerra civil angolana como se de um jogo se tratasse,regozijava com as conquistas da UNITA e como estava longe do campo de operações,as mortes e assassinatos cometidos pelas forças em confronto(MPLA-UNITA)para mim passavam-me ao lado.
Sonhava voltar a uma Angola liderada por Savimbi.
Mas todos os lideres têm o seu quê e o meu Jonas desiludiu-me quando soube que ele tinha mandado fuzilar Tito chinguji e Wilson dos Santos,entre outros.
Passados estes anos todos,penso que Savimbi teve oportunidade de sair do seu país e ir viver principescamente,num qualquer país africano,mas não,ele preferiu lutar até ao fim pela sua terra e na sua terra e para mim isso não tem preço.
Para um angolano desta estirpe,como o foi Jonas Malheiro Savimbi,a minha memória não se apaga e espero que seja conduzido ao lugar de destaque que merece.

1 comentário:

septuagenário disse...

felizes de quem teve sensibilidade para os distinguir.

é que foram todos assassinados menos o velho da UPA.

Mas este sempre se duvidou se seria o verdadeiro e original de 1961.